Atrativos
Dores do Indaiá, pequena cidade de 14 mil habitantes do centro-oeste de Minas Gerais, possui inúmeros atrativos turísticos e culturais de grande relevância, tais como a Igreja de Nossa Senhora das Dores, o suntuoso Castelo Indaiá, a imponente e tradicional Escola Estadual Francisco Campos, a linda praça Lacerda, a bela vista do Alto da Capelinha, a arquitetura exuberante da Santa Casa de Misericórdia Doutor Zacarias, a simplicidade da praça dos Coqueiros, a relevância religiosa da Igreja do Rosário, a história e arquitetura da Escola Municipal Doutor Zacarias, a reformulada Estação Ferroviária, a antiga sede da prefeitura municipal, a praça Cívica, a tradição da Igreja de São Sebastião, a beleza da praça Matriz, da arquitetura moderna do Indaiá Clube e a simplicidade da praça Abaeté. Veja a seguir os principais atrativos da cidade.
A Igreja de Nossa Senhora das Dores localiza-se bem na região central de Dores do Indaiá, de estilo neoclássico e bem suntuosa, a Igreja Matriz possui amplo espaço para fiéis e visitantes para diversos eventos religiosos, como as celebrações da Semana Santa. A edificação da Igreja Matriz foi inaugurada em 1921, entretanto, os alicerces do templo religioso foram instalados nos últimos anos do século XIX. No espaço interno da igreja, o piso em cerâmica trabalhado é original, exceção do altar-mor, que foi fixado recentemente. Há ainda vitrais simples e monocromáticos. As paredes laterais foi fixada a representação moderna da Paixão de Cristo e as escadas em madeira que levam ao coro e a torre são originais e em bom estado de conservação.
O Castelo Indaiá também conhecido como Castelinho é um dos principais atrativos e é o maior complexo de eventos de Dores do Indaiá. O complexo localiza-se na zona rural da cidade, ao lado do perímetro urbano, as margens da rodovia MG-176. O complexo do Castelo Indaiá possui uma área de 30 mil metros quadrados e 5 mil metros quadrados de área construída. O castelo principal possui 4 andares, com amplo espaço e belo acabamento, há também uma linda lagoa, com boa estrutura para diversão. Hoje ele é utilizado em eventos variados, tais como o Réveillon, casamentos, aniversários, feiras e congressos.
FOTO 02: O belíssimo Castelo Indaiá, um dos principais atrativos turísticos da cidade.
Um dos principais colégios públicos de Dores do Indaiá, a Escola Estadual Francisco Campos foi fundada em 26 de março de 1928 pelo ilustre político dorense e ex-ministro da Educação do Governo Getúlio Vargas, Francisco Campos. O prédio da instituição foi construído no final da década de 1920, com estilo neoclássico e bem suntuoso, são dois andares, além de uma fachada imponente e escadaria de mármore. Na parte interna da Escola Normal, o espaço é bastante amplo com piso antigo de cerâmica bem trabalhada, escadas internas de mármore e grades de ferro. A Escola Normal já foi referência educacional na região nos anos de 1920 e 1930, recebendo professores renomados e excelente acervo didático e literário. Nos últimos anos a escola passou por uma grande reforma, mantendo suas características originais. Também foi o primeiro bem material a ser tombado pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Dores do Indaiá, dando maior proteção e relevância ao local.
O Alto da Capelinha, mais conhecido como Morro da Capelinha pelos moradores, tem vista privilegiada de praticamente todo perímetro urbano, além de boa parte da zona rural de Dores do Indaiá. Conta-se que havia uma pequena capela em seu cume, e de lá avista-se todo Arraial de Boa Vista. Hoje, com uma estátua de porte médio do Cristo com os braços abertos para a cidade, o local é muito frequentado pela apreciação da bela vista que possui. Daí o outro nome popular dado ao local, Morro da Bela Vista. Em agosto de 2019 foi inaugurada a Capelinha de São José com características semelhantes que havia a capela de antigamente.
Símbolo da religiosidade em Dores do Indaiá, a igreja do Rosário localiza-se bem na área central do bairro do Rosário, seu entorno encontra-se a praça do Rosário, vários casarões coloniais centenários muito bem conservados, além da atual sede da Prefeitura Municipal. O início da construção da igreja do Rosário é datada de 1956, de estilo arquitetônico moderno, a igreja é bem imponente, podendo ser vista por várias partes da cidade. Na área externa da edificação possui um relógio e um alto-falante que chama a comunidade dorense para as missas e reproduz as badaladas do sino. Mas é no mês de agosto de todo ano que a religiosidade e a cultura do congado dorense se afloram, devido a realização da Festa do Rosário, cuja a igreja do Rosário é parte fundamental dos festejos.
Com uma história quase centenária e também o colégio mais antigo de Dores do Indaiá, a Escola Municipal Doutor Zacarias foi inaugurada após uma série de iniciativas locais com a ajuda do ilustre dorense Francisco Campos em 7 de setembro de 1922. Inicialmente passou a funcionar onde é hoje a atual Santa Casa de Misericórdia "Doutor Zacarias". O nome da escola foi em homenagem ao médico dorense Doutor Antônio Zacarias Álvares e Silva. O prédio da sede atual é do início da década de 1930 e possui estilo clássico, de muito boa estrutura física. A escola conta com inúmeras salas grandes e bem arejadas, salão para atividade educacionais e culturais, grande pátio, biblioteca e parque infantil. Em 2019 a escola foi municipalizada, devido a um processo do Governo de Minas Gerais na redução de gastos na educação no estado. Hoje a escola oferece turmas do ensino infantil, contribuindo para uma educação pública de qualidade e gratuita.
A famosa Estação Ferroviária de Dores do Indaiá foi inaugurada em 28 de dezembro de 1922 pela Estrada de Ferro Paracatu e desativada em 1968, com a extinção do trecho Bom Despacho / Barra do Funchal. A estação e a estrada de ferro tiveram importância fundamental para o desenvolvimento econômico e populacional da cidade, principalmente na primeira metade do século XX. O prédio foi recentemente reformado com um lindo projeto arquitetônico com recursos do Fundo Estadual de Cultura. Além do espaço abrigar o museu da Memória Congadeira, abrigando objetos e lembranças da Festa do Rosário, vai ser sede também da Biblioteca Municipal "Emílio Moura", que possui o maior acervo literário e didático de Dores do Indaiá.
A edificação da antiga sede da cadeia pública e da Prefeitura Municipal de Dores do Indaiá foi erguida em 1928 no tradicional bairro do Rosário com a idéia inicial de ser o fórum da comarca, fato que nunca aconteceu. O prédio de dois andares funcionou como cadeia até 1983, quando naquele ano a prefeitura se instalou, tendo as atividades do executivo municipal funcionando ali até o final da década de 2010. Boa parte das características originais da construção foi mantida, tais como a bela fachada principal em estilo neoclássico com quatro colunas centrais, as escadas de mármore, o piso de cerâmica bem trabalhada, janelas gradeadas e pátio interno. A antiga cela de castigo, conhecida como "corro", também foi preservada.
A praça Waldemar de Oliveira Barbosa, mais conhecida como praça Cívica, está localizada bem no centro de Dores do Indaiá. A praça Cívica é constituída basicamente por um grande coreto localizado no centro da praça, além de grandes palmeiras ao redor do local e inúmeros bancos para o descanso e lazer da comunidade. A região é passagem de inúmeras pessoas que visitam a cidade e acessam a avenida principal. O nome da praça é uma homenagem ao grande historiador dorense Waldemar de Almeida Barbosa. A praça possui é apelidada assim devido aos eventos de cunho cívico que costumam acontecer ali, como as comemorações da Independência do Brasil no dia 7 de setembro e do aniversário de Dores do Indaiá no dia 8 de outubro. Mas o local ultimamente vem recebendo eventos de diversos tipos, como o carnaval.
Em suma, Dores do Indaiá possui inúmeros atrativos turísticos de grande importância que contam um pouco da história e do desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade. Aqui elencamos apenas 16 atrativos que simbolizam a cidade, entretanto, Dores possui vários outros atrativos culturais e naturais bem relevantes.
Texto de Leonardo Mendonça, do blog Folha do Indaiá, com informações do Inventário da Oferta Turística de Dores do Indaiá.
